Os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), reunidos em assembleia, na sede da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SINDUEPG/ANDES-SN), no último dia 11 de novembro, vem a público denunciar o aprofundamento da crise financeira pela qual passa a UEPG. Desde o último dia 20 de outubro, logo após a eleição, o governador do estado do Paraná tem cortado recursos de custeio das IEEs na ordem de 30%. Isto tem inviabilizado um conjunto de atividades, comprometendo a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão.

Esta redução atinge o pagamento de bolsas de professores e estudantes; o atraso ou o não pagamento de empenhos a fornecedores; o corte de combustíveis; o cancelamento de envio de documentos via Sedex; a restrição no apoio a viagens já empenhadas, sem falar dos recursos de investimentos e ampliações. Um dos últimos sinais desta crise se revela nos Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Por falta de pagamento, os professores e alunos dos PDEs da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) paralisaram suas atividades.

Este cenário de crise se contrapõe ao percentual de arrecadação do estado que aumentou, segundo dados do próprio governo, na ordem de 12% em relação a 2013. Trata-se, portanto, de um problema orçamentário, de gestão, que coloca o ensino superior público como não prioritário. Os docentes da UEPG alertam para este quadro de crise e apontam para a possibilidade de que o ano eletivo de 2015 não se inicie caso continue esta política de arrocho, de precarização e sucateamento das IEEs.