O Comando Sindical Docente (CSD), coletivo que reúne as seções sindicais do Andes-SN no Paraná, se solidariza com a professora Mônica Moraes diante da decisão arbitrária de remoção por parte do Conselho Escolar da Escola Estadual Professora Ivani Machado Bezerra da cidade de São Gonçalo do Amarante – RN.
Sem sequer ser ouvida, a professora é acusada, conforme “Relatório Pedagógico e Administrativo”, do seguinte: 1) a professora teve sua aula gravada por duas alunas, sob a alegação de que “a aula não deveria ser sobre política”; de que uma mãe denunciou que a professora estava “doutrinando” as crianças com “viés comunista e petista”; 2) a professora se negou a dar aulas remotas; 3) uma série de fatos desconexos, a partir de relatórios, em que a gestão da escola convenceu uma parte dos alunos a assinar objeções em relação às aulas da professora.
Diante dessas três acusações, a professora Mônica Moraes demonstrou que: 1) foi arbitrariamente filmada com um claro objetivo de perseguição política; 2) a professora comprovou ter respondido às aulas remotas, como consta do Ofício de 3 de novembro de 2020; 3) o abaixo-assinado dos alunos foi induzido e, por isso mesmo, a professora e os estudantes discutiram e resolveram a pendência; 4) finalmente, a professora não foi ouvida no Conselho Escolar, o que significou negar o direito de defesa; 5) a perseguição política se deu tanto no caso da gravação quanto no abaixo-assinado, claramente orquestrados por aqueles que se guiam contrários ao direito de cátedra e de expressão.
Sendo assim, o Comando Sindical Docente se solidariza com a professora Mônica Moraes e vem através dessa moção refutar qualquer estratégia ou ação que coloque em xeque a liberdade de cátedra e as liberdades democráticas.