Conforme deliberado pelo Comitê em Defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior do Paraná, em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (07), o Sinduepg convocou Assembleia Geral Extraodinária para a próxima terça-feira, dia 13, às 13h30, no Grande Auditório (Campus Central).
Na pauta dessa assembleia estão informes sobre o TIDE, Projeto de Autonomia Universitária, Meta4 e encaminhamentos jurídicos do Andes-SN. A categoria deverá decidir também por aderir ou não a duas agendas para o mês de junho: uma paralisação no dia 20 e a Greve Geral Nacional do dia 30.
A paralisação é uma proposta do Comitê em Defesa das IEES-PR em virtude do cenário que se apresentou nas últimas semanas com os bloqueios das verbas de custeio da UEL, UEM e UNIOESTE e o comunicado do governo sobre a inclusão da UEPG e UNICENTRO no Sistema Meta4.
Já a Greve Geral do dia 30 é um chamado das centrais sindicais, no caso do Sinduepg a CSP-Conlutas a qual o Andes-SN é filiado. A pauta dessa paralisação de 24 horas é barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, pela revogação da Lei da Terceirização e pelo Fora Temer.
Outro ponto de pauta da assembleia docente é a adesão ao Fundo de Solidariedade às/aos Docentes das Universidades Estaduais do Rio de Janeiro, que o Andes-SN também está divulgando (http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8859). Trata-se de uma campanha para ajudar financeiramente os docentes das universidades estaduais do Rio de Janeiro que estão sofrendo, desde o ano passado, com atrasos no pagamento dos salários.
Para Rosangela Petuba, presidente do Sinduepg, é importante que a base se faça presente na assembleia da próxima terça-feira para avaliação das propostas, em especial das paralisações. As IEES do Paraná, segundo ela, estão sob forte ataque do governo e é preciso unificar a luta de forma estratégica.
“Estamos sob forte ataque de um governo que defende um projeto neoliberal de privatização das universidades. Corremos o risco de, em um intervalo de tempo muito curto, termos um cenário igual ao vivido pelas universidades estaduais do Rio de Janeiro! Nós, do movimento docente, temos muito claro o nosso projeto de universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Nossa luta é histórica. Não podemos deixar que o governo Beto Richa, alvo de investigações sobre corrupção (Operação Quadro-Negro, Publicano, delação da Odebrecht e também nas delações da JBS, entre outras), ameace a autonomia universitária com os argumentos falaciosos de transparência. Nossos salários e as contas das IEES do PR estão todas disponíveis nos portais da transparência, não temos nada a esconder”, conclui Petuba.