O grupo que integra o Comitê em Defesa das IEES do Paraná esteve reunido na tarde de ontem (dia 7), na sede do Sinduepg, e deve levar para suas bases discutirem em assembleia a possibilidade de uma paralisação das universidades, prevista para o próximo dia 20 de junho. Essa paralisação tem como objetivo fortalecer a luta diante do cenário que se desenhou nas últimas semanas, com os bloqueios de verbas de custeio da UEL, UEM e UNIOESTE e também do anúncio de inclusão da UEPG e UNICENTRO no Sistema Meta-4.

            Segundo a avaliação do movimento docente é preciso esclarecer para a comunidade acadêmica e toda a população que o discurso do governo Beto Richa, que ressoa na mídia hegemônica quando reproduz uma narrativa unilateral das assessorias estatais, é falacioso. Dizer que as universidades são apenas custos que oneram o estado ou são as geradoras de crise, é ignorar a capacidade de desenvolvimento e de retorno imediato, a médio e a longo prazo que essas instituições representam. Existem dados de pesquisas financiadas pelo próprio governo que comprovam: para cada R$1,00 investido nas universidades há um retorno de R$3,80 para a economia principalmente regional.

Na manhã da próxima segunda-feira (dia 12 de junho) os membros do comitê participam de uma reunião com o governo, em Curitiba, para discutir pontos essenciais da luta neste momento: a autonomia das IEES.

A presidente do Andes-SN, Eblin Farage, acompanhou as discussões e afirmou o apoio que o sindicato Nacional oferece a todas as universidades estaduais no Brasil: “Essa luta não é só do Paraná, deve ser de todo sindicato nacional, de todo Brasil, assim como estamos fazendo em outros estados, pois o que está em curso é um processo de destruição do sistema público estadual de ensino superior, afinado com o que se pretende também para as instituições federais”, destacou Eblin.