Nesta quarta-feira (10), os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa avaliam, em assembleia, a proposta de recomposição salarialapresentada pela assembleia legislativa na semana passada. A alternativa oferece reajuste de 3,45% de reposição da inflação para outubro de 2015. O índice se refere à inflação acumulada de maio a dezembro de 2014.
Ainda na proposta dos deputados, o governo do estado precisaria pagar em janeiro de 2016 a reposição da inflação acumulada em 2015, pagar em janeiro de 2017 o índice inflacionário acumulado em 2016, e somente em janeiro de 2017 os servidores receberiam 1% de adicional salarial como forma de compensar as perdas de 2015.
Na avaliação do economista Cid Cordeiro Silva (ex-DIEESE), caso a proposta seja aprovada, os servidores do estado sofrerão uma perda anual de 50,41% na massa salarial até 2017. Isso significa dizer que os trabalhadores deixarão de receber o equivalente a metade de um salário por ano até 2017.
Proposta rebaixa salários
Os sindicatos docentes das universidades do Paraná (Andes-SN) consideram que a proposta dos deputados é temerosa e insuficiente, pois ao parcelar o índice de 8,17% o governo do estado provoca perdas ainda maiores aos salários dos servidores. “Nada é pago agora. Tudo é prometido para os anos seguintes até 2017” consta na nota.
A avaliação dos sindicatos é que o governo do Paraná tem reiteradamente descumprido leis e atacado direitos dos servidores. A nota divulgada pelas entidades rejeita a proposta dos deputados, como uma forma de solucionar o impasse entre categorias em greve e governo. A solução dada pelos sindicatos é de um projeto substitutivo que estabeleça o pagamento de 8,17% retroativos a maio, considerando que a falta de interesse do governo em resolver o impasse já produz perdas salarias aos servidores, além de prejuízos à sociedade.
Por fim, o SINDUEPG ressalta que outros itens da pauta de reivindicações sequer foram negociados por conta da intransigência do governo.
Comando de Greve Docente da UEPG
08 de junho de 2015