Mais de 200 professores estiveram reunidos na tarde/noite de ontem, 30 de abril no auditório do PDE – Campus de Uvaranas para avaliar os rumos do movimento grevista após a aprovação da PL 252/2015 e da barbárie cometida na tarde quarta-feira pela Polícia Militar contra os servidores do Estado. Após quase duas horas de discussões, os docentes aprovaram a continuidade do movimento grevista e a realização de outra assembleia no dia 05 de maio para reavaliar o movimento.

A decisão veio após a assembleia entender que, embora o PL 252/2015 tenha sido aprovado, não havia sentido retornar ao trabalho depois de tudo aquilo que os servidores passaram em frente à ALEP, no dia 29. “Esta data vai ficar marcada na memória de todos, pois foi o dia em que os servidores não perderam a dignidade, lutaram até o fim”, avalia Marcelo Bronosky, presidente do Sinduepg. Segundo ele, a greve é um dos mais fortes atos de resistência que o trabalhador tem. “Não havia outra direção senão continuar em greve como forma de demonstrar nossa indignação à violenta ação de repressão executada pela PM contra os professores”, destaca.

A assembleia docente também aprovou outros encaminhamentos, como denunciar o governador Carlos Alberto Richa, o Secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, o presidente da Alep, Ademar Traiano; o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), professor aposentado João Carlos Gomes à Corte Internacional de Direitos Humanos pelos atos contra a vida humana cometidos em frente à ALEP.

Além disso, foi aprovada nota de repúdio à reitoria da UEPG pela forma com que tem se posicionado em relação à greve docente, notadamente às informações intimidatórias publicadas em sua página oficial acerca da cobrança controle de frequência dos docentes em greve.  “Ato que configura notória violação do direto de greve, uma vez que nosso movimento não foi julgado ilegal”, afirma Gisele Masson, vice-presidente do Sinduepg.