Após quase três anos e meio do seu mandato de governador, os servidores públicos estaduais estão cientes da mentira de Ratinho Jr. em sua campanha, a saber: “assim que tomar posse no governo, eu quero sentar com todos os presidentes dos sindicatos de servidores e já fazer um planejamento de reajuste salarial para os próximos quatro anos”. Hoje, sabemos que verdadeira é a sua afirmação feita como governador: “a mentira é a arma do covarde”.

É importante que todos saibam: Ratinho Jr. NUNCA se sentou com “todos os presidentes de sindicatos” – se é que se sentou com algum – para tratar da data-base ou qualquer outra demanda da categoria. Ao contrário, como vemos abaixo, o saldo do seu governo é o pior possível para os servidores:

  • aumento de 11 para 14% da alíquota previdenciária, o que resultou numa redução de 3% dos salários líquidos;
  • fim da licença especial;
  • alteração das Leis das Carreiras, com desmonte da periodicidade normal das progressões e promoções, que agora dependem do arbítrio do governador;
  • arroubos autocráticos com prática antissindical – decretos e leis visando sufocar financeiramente os sindicatos – e encaminhamento de projetos de lei em regime de urgência para cercear o amplo debate sobre os nossos direitos;
  • no caso das universidades, a promulgação da famigerada LGU, que impõe a mediocridade como horizonte para o desenvolvimento das universidades estaduais: redução legal da quantidade de docentes; limitação do TIDE a 70% do corpo docente de efetivos; terceirização com os baixíssimos salários pagos aos trabalhadores; limitação das verbas de custeio a níveis muito aquém das demandas de manutenção e investimento das universidades (basta comparar com as IES federais e as estaduais paulistas);
  • e mais, a criação de um grupo interinstitucional para propor alterações nas carreiras de técnicos e docentes (de fato, alguém imagina que alguma coisa boa para as categorias possa sair de um grupo proposto pelo governo e com ampla maioria governista?);
  • além de gigantesca defasagem salarial de 35% até março de 2022 (veja a tabela das perdas nesse link: https://encurtador.com.br/mFG02).

Certa vez, o espirituoso Barão de Itararé disse: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”. Essa frase cai como uma luva no atual governado do Paraná. Como não atende as demandas dos servidores e não negocia, a única alternativa que Ratinho Jr. dá aos servidores estaduais é a greve. Sim, a greve. Em sua insanidade administrativa, Ratinho Jr. empurra os servidores à greve, à luta. Hoje, está mais claro do que nunca aquilo que sempre dissemos aos docentes: sem luta não haverá vitória.

Em razão disso, em assembleias realizadas no dia 13/04, deliberando pela paralisação das atividades no dia 29 de abril, os docentes das universidades estaduais do Paraná deram um passo importante na luta e na construção da greve unificada dos servidores públicos estaduais.

– Paralisação 29 de abril! Ato em Curitiba e manifestações em outras cidades!

– Todo/as à luta contra o arrocho salarial! Por reposição salarial integral já!

– Pela greve unificada dos servidores estaduais do Paraná!