Com adesão superior a 80% a paralisação docente da UEPG foi um sucesso.
O dia de ontem, 15 de março, foi de paralisação na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Aprovada em assembleia, a ação promove visibilidade e discussão sobre o processo de sucateamento pelo qual passam as universidades estaduais públicas do Paraná, com quadro de professores e funcionários efetivos muito aquém do necessário para funcionar adequadamente. Os docentes da UEPG aderiram à paralisação em 80%.
Além de paralisarem as atividades de ensino, pesquisa e extensão, diversos atos foram realizados para denunciar o desmonte pelo qual atravessam as universidades estaduais públicas do Paraná e a terrível defasagem salarial de 42% do funcionalismo público estadual. Logo de manhã os professores e professoras fizeram panfletagem nas entradas da universidade em seus dois campi, Centro e Uvaranas.
A partir das 10h30 os docentes e alguns estudantes se reuniram no Grande Auditório da Reitoria, Campus Central, para o painel “Presença e permanência da Universidade Pública Brasileira”. com os professores/as doutores Clécio Ferreira Mendes, Silvana Oliveira e Névio de Campos. A ação foi seguida por uma concentração e roda de conversa com estudantes, funcionários e docentes no pátio em frente ao Restaurante Universidade.
No período da tarde ocorreu a projeção do filme: “Entre Mulheres”, de Sarah Polley (2022), e a participação solidária na Assembleia do Sintespo. Também integrou a agenda do dia a participação dos docentes da UEPG no Ato Público pela Revogação do Novo Ensino Médio no Ponto Azul – Pça Barão do Rio Branco, frente ao Colégio Regente Feijó.
A programação encerrou com a live “Reposição salarial e defesa das universidades públicas do Paraná”, promovida pelos sindicatos de docentes e servidores técnicos. A transmissão contou com a participação de representantes de todos os sindicatos e a mediação do professor Sérgio Luiz Gadini.
Mas não foi apenas a UEPG que paralisou. Todas as sete universidades estaduais públicas pararam juntas. Em todas as universidades públicas paranaense, professores e técnicos exigem a contratação de professores e técnicos administrativos por concurso público e a recomposição da defasagem salarial dos trabalhadores do ensino superior. Professores e técnicos administrativos demonstraram que não vão deixar que Ratinho Júnior continue com o seu projeto de destruição dos serviços públicos, em particular do ensino superior e da ciência.