Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária os docentes do SINDUEPG votaram pela entrada da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em greve a partir do dia 13 de outubro, quinta-feira. A decisão é uma resposta ao projeto de lei enviado por Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa (ALEP), que suspende, por tempo indeterminado, a reposição salarial de todos os servidores públicos do Paraná. Vale destacar que se trata de reposição salarial de acordo com a inflação, e não aumento salarial.
O reajuste dos servidores estava previsto pela lei 18.493/2015 para janeiro de 2017, e o compromisso de pagamento foi assumido pelo governo como parte das negociações para o fim da greve dos docentes em 2015.
Durante a assembleia também foram feitas atualizações em relação ao cenário estadual, comunicando-se a situação das demais Universidades, algumas já com aprovação de suas greves, além das datas de assembleias de outras categorias. O vice-presidente do SINDUEPG, Gilson Burigo lembrou que, em 7 de julho, os docentes reunidos em assembleia aprovaram indicativo de greve, pois já entendiam que era necessária mobilização para enfrentar os ataques vindos do governo estadual.
O deputado estadual e professor da UEPG, Péricles de Mello (PT) comentou que o governo escolheu os servidores públicos como bode expiatório para crise, e que o projeto enviado por Beto Richa é ilegal. “Desde o momento em que a lei da data-base foi publicada, ela se tornou um direito adquirido pelos trabalhadores, portanto o projeto enviado à ALEP é ilegal!”, afirma.
Encaminhamentos
Como ação imediata da aprovação da greve, a assembleia convocou para amanhã, sexta-feira 7, às 17h, a primeira reunião do comando de greve. Nesse espaço serão encaminhadas as proposições feitas durante a assembleia. A reunião acontecerá na sede do sindicato, na Rua Alameda Nabuco de Araújo, 500.