Os governos, para atenuarem a crise do capital e preservarem a lucratividade dos grandes empresários, têm se utilizado da pandemia como desculpa para aprofundar os ataques aos servidores públicos.
Em Brasília, além de muitas outras ações infames e mortíferas, Bolsonaro e seus aliados têm intensificado o arrocho salarial dos servidores, destruído direitos com a contrarreforma administrativa (PEC 32) e tentado desqualificar e destroçar a educação superior e a produção científica.
No Paraná, o governo de Ratinho Jr. trilha caminhos semelhantes. Sob o verniz do “bom mocismo” e de uma pseudomodernidade, os serviços públicos têm sido sucateados e os servidores atacados como nunca. Desmonte da educação básica, sucateamento do patrimônio material das universidades públicas, bem como a retirada de direitos e o brutal arrocho salarial dos servidores, têm sido a marca deste governo.
Nos últimos 6 anos, o arrocho salarial dos servidores, com o não pagamento da data-base, já está em 30%, quase 2/3 dessa perda salarial ocorreu durante o mandato de Ratinho Jr. São quase 4 salários perdidos por ano com o calote da data-base. Enquanto isso, a inflação avança: nos últimos 12 meses, o país já tem a maior inflação acumulada desde o Plano Real (1994).
Em praticamente todos os aspectos, eis o pior governo das últimas décadas no estado (no país, temos o pior governo da história brasileira). Em ambos os casos, o massacre aos trabalhadores e as políticas antipopulares têm sido ofuscados pela intensa propaganda e pelas fake News, fazendo jus à famigerada ideia de que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.
Com o alinhamento dos poderes estaduais e federais em torno da política do desmonte dos serviços públicos e dos direitos, aos trabalhadores do serviço público – assim como aos trabalhadores em geral – não resta outra alternativa que não seja a luta direta.
Sendo assim, o Comando Sindical Docente compreende que é urgente que os sindicatos organizem as suas categorias com vistas à construção de uma grande greve unificada dos servidores públicos estaduais para os próximos meses. Com o paulatino retorno de todos aos seus locais de trabalho, o trabalho de base precisa ser intensificado e, com ele, a compreensão coletiva da necessidade da luta como o único caminho dos trabalhadores em prol dos seus direitos e salários.
– Reposição salarial já!
– Rumo à construção da greve unificada dos servidores públicos do estado do PR!