Um dia após os 5 Sindicatos de Docentes das Universidades Estaduais do Paraná (Adunioeste, Adunicentro, Sesduem, Sinduepg e Sindprol) decidirem a deflagração de Greve por tempo indeterminado, o governador Beto Richa disse à imprensa e aos reitores que encaminhará a Equiparação Salarial Docente para a Assembleia Legislativa.
A “nova” promessa assegura que o Projeto de Lei será enviado a Assembleia no início da mesma semana em que os docentes paralisarão suas atividades no dia 16/8 e se reunirão para deliberar sobre o começo da greve.
Relembramos o histórico de promessas descumpridas do governo Beto Richa:
Julho de 2011 – Encerrou o grupo de trabalho que formulou a proposta de reajuste salarial docente de aproximadamente 51% (equiparação + aumento dos índices de incentivo a titulação), mas não oficializou a proposta.
11 de novembro de 2011 – Depois de paralisação docente das universidades, convocou reunião com os Sindicatos e apresentou proposta deequiparação salarial de 31,73%, dividida em 3 parcelas a serem pagas no mês de março dos anos de 2012, 2013 e 2014.
2 de fevereiro de 2012 – O governo divulgou a retirada da proposta de equiparação salarial.
6 de março de 2012 – Um dia antes da paralisação docente das universidades, o governo determinou a criação de uma grupo técnico para elaborar outra proposta de equiparação salarial.
28 de março de 2012 – O governo assinou novo acordo de equiparação salarial de 31,73%, em 4 parcelas a serem pagas no mês de outubro dos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. O Projeto de Lei contendo este acordo deveria ter sido enviado até o dia 1º de Maio de 2012.
1º de Maio de 2012 – O governo não enviou o Projeto de Lei a Assembleia Legislativa. Comunicou aos Sindicatos de Docentes que o envio seria feito até o final do mês de Maio, e que este atraso se devia a problemas técnicos de comunicação entre as secretarias.
Final de Maio de 2012 – O governo não enviou o Projeto de Lei a Assembleia Legislativa. Comunicou aos Sindicatos de Docentes que o envio seria feito até o final do mês de Junho, e que este atraso se devia a ajustes técnicos por parte da Secretaria da Fazenda.
Final de Junho de 2012 – O governo não enviou o Projeto de Lei a Assembleia Legislativa. Comunicou aos Sindicatos Docentes que o envio seria feito até a primeira quinzena do mês de Julho, e que este atraso se devia ao Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, fato novo na argumentação do governo.
10 de Julho de 2012 – O governo não enviou o Projeto de Lei a Assembleia Legislativa. Sindicatos de Docentes tentaram reunião com representantes do governo, mas não foram recebidos. Conversaram informalmente com o vice-governador e escutaram dele que o governo enviaria o Projeto de Lei assim que solucionasse a questão do Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
7, 8 e 9 de Agosto de 2012 – Assembleias de Docentes das cinco universidades estaduais decidiram paralisar as atividades no dia 16 de agosto e iniciar greve caso o governo não publicasse no Diário Oficial a aprovação do Projeto de Lei até o dia 16/8.
10 de Agosto de 2012 – O governador faz “nova” promessa aos reitores. No final do mesmo comunicado oficial, o Secretário da Casa Civil destacou: “O nosso governo busca corresponder às expectativas do funcionalismo e da sociedade, mas também dedica muita atenção às limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal”.
As Diretorias dos 5 Sindicatos de Docentes mantêm a decisão sobre a deflagração da greve. A diretoria da Adunioeste lamenta o desrespeito e a forma artificiosa com que o governo tem tratado os docentes. Para ler a íntegra do comunicado do governo acesse:http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=70270
Fonte: ADUNIOESTE, Seção Sindical do ANDES-SN