Fotos: Vanessa Hrenechen

O Sindicato dos Docentes da UEPG (SINDUEPG), representado pelo diretor Arcelio Benetoli, esteve em reunião com a reitoria para reivindicar pautas da categoria nesta quarta-feira, 10. Os assuntos tratados contemplaram a renovação de contratos dos professores temporários, as condições de trabalho, o uso de tecnologias remotas na instituição e a possibilidade da implementação da licença especial de forma compulsória.

A direção do SINDUEPG solicitou que a reunião acontecesse de maneira remota, para que todos os diretores pudessem participar, prezando pela saúde de todos os envolvidos. Entretanto, a reitoria concedeu apenas a reunião presencial, por isso, apenas o tesoureiro Arcelio Benetoli compareceu presencialmente.

Ao ser questionado pelo diretor do SINDUEPG, durante a reunião, o reitor Miguel Sanches Neto assegurou que todos os professores temporários com menos de 2 anos de atividade terão seus contratos renovados em julho. Não serão renovados apenas aqueles contratos que já completaram este tempo. Segundo o reitor, circulam “fake news” sobre a possibilidade de não contratação dos professores temporários. O parecer jurídico sobre as renovações de contratos que existia no Sistema Eletrônico de Informação (SEI) da UEPG foi excluído e não está mais disponível.

“O sindicato não acha justo que aqueles que tanto contribuíram com a universidade fiquem agora, neste momento complicado de pandemia e crise econômica, sem trabalho e sem salário. Queremos que eles sejam valorizados e tenham a renovação dos seus contratos”, afirmou Benetoli ao reitor. “Questionamos também sobre as pessoas que foram aprovadas em processo seletivo e não tiveram o contrato assinado. O reitor garantiu que em breve, com a volta das atividades de ensino obrigatórias, serão chamados”, relatou o diretor.

EAD E CONDIÇÕES DE TRABALHO

Durante a reunião, o diretor do SINDUEPG reiterou que o posicionamento da representação sindical é totalmente contrário que as medidas excepcionais para uso e  expansão do ensino remoto durante a pandemia venham a se tornar permanentemente instituídas no ensino presencial. “Não pode ser parte do novo normal. O ensino presencial deve ser preservado dentro da universidade, essa deve ser a prioridade em termos de ensino”, reforçou Benetoli. “Também nos preocupamos com relação às condições de trabalho em atividades remotas. Mesmo não tendo aulas, as pessoas estão executando pesquisa e extensão e atividades administrativas de forma virtual. Isso gera impacto e estamos preocupados com a saúde da categoria docente”, assinalou o diretor do SINDUEPG.

Segundo a administração da universidade, são realizados treinamentos do Nutead para a utilização das metodologias remotas e instrumentos virtuais de trabalho. Além disso, houve a garantia da ampliação do programa “UEPG Abraça” com atendimento psicológico, bem como a elaboração de normatizações para a realização das atividades remotas.

LICENÇAS ESPECIAIS

O Governo do Paraná anunciou em 30 de março a imposição de licença compulsória para no mínimo 50% dos docentes. Ao ser questionado por Benetoli, o reitor assumiu o compromisso de não forçar nenhum professor ou professora a entrar em licença especial no momento da pandemia, caminho que as demais administrações das universidades estaduais pretendem seguir.

O SINDUEPG agradece à administração por esse canal de comunicação e estará atento ao cumprimento dos compromissos assumidos.