Nesta próxima sexta-feira, dia 07 de abril, às 16h45, no Anfiteatro de Engenharia (Bloco E – Campus Uvaranas) o Sinduepg/Andes-SN, deve reunir a categoria dos docentes para deliberar sobre a paralisação do dia 11 em defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior do Paraná (IEES). Na pauta também está o Ofício Circular no 01, da reitoria, sobre as orientações de carga horária nos departamentos da UEPG.

Chamada de “Dia Estadual de Luta Unificada dos Docentes e Técnicos das Universidades contra os ataques do governo Beto Richa”, a paralisação foi proposta pelo Comitê Estadual em Defesa das Universidades Públicas do Paraná. A decisão do comitê foi tomada em reunião no dia 31 de março, em Curitiba. O objetivo, segundo a coordenação do comitê, é unificar a luta no estado e aglutinar forças da comunidade acadêmica como um todo, para denunciar e barrar os desmandos do atual governador.

Na avaliação do comitê, além do calote na reposição salarial dos servidores estaduais, prevista legalmente para janeiro e maio de 2017, o governo Beto Richa resolveu implementar medidas que desrespeitam a autonomia universitária e os direitos dos servidores docentes e técnicos das universidades paranaenses (licenças, TIDE, contratação de docentes e técnicos, dentre outros). Tais direitos estão legalmente consagrados na Constituição Federal, na Constituição Estadual e nas leis estaduais que regulam a carreira docente e os direitos dos servidores estaduais.

A intenção é, durante a paralisação, promover atividades para que os três segmentos da comunidade universitária (estudantes, docentes e técnicos) sejam informados e possam discutir os problemas enfrentados pelas universidades estaduais do Paraná. Também oportunizar espaço para elaborar e discutir propostas para o enfrentamento aos duros ataques do atual governo. Trata-se, sobretudo, de um enfrentamento a um projeto de desmonte que precariza as condições de trabalho e adianta o processo de privatização do ensino público superior.

Segundo a presidenta do Sinduepg, Rosangela Petuba, é importante a presença da categoria nessa assembleia para definir se a UEPG vai aderir à chamada de paralisação do comitê, uma vez que se enfrenta uma situação séria que, inevitavelmente, compromete o desempenho de professores e alunos no ano letivo de 2017. “Com os cortes anunciados pelo governo, as ameaças aos nossos direitos trabalhistas, o descaso quanto aos projetos de pesquisa e extensão e diante do sucateamento das nossas universidades, é difícil garantir que o ensino público no Paraná possa manter as portas abertas para a sociedade. Precisamos e vamos lutar com todas as nossas forças contra isso”, conclui Petuba.