Luta contra a Reforma da Previdência e defesa da educação pública são principais pautas da paralisação de 14 de junho
O SINDUEPG (Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa) realiza na tarde desta sexta-feira, dia 7 de junho, assembleia geral extraordinária. A pauta principal é a votação da adesão à greve geral, que acontecerá na próxima semana, dia 14 de junho, e envolverá as mais diversas categorias, paralisando todos os locais de trabalho, estudo, comércio, bancos e circulação de mercadorias.
A assembleia acontecerá no anfiteatro do Observatório Astronômico do Campus de Uvaranas, com primeira chamada às 13h30, e segunda chamada às 14 horas. “A participação de todos os docentes da UEPG é fundamental para que possamos discutir questões que são de suma importância para a educação e também para dar ainda mais força ao movimento de luta contra os ataques”, convoca o presidente do SINDUEPG, Marcelo Ubiali Ferracioli.
A greve geral de 14 de junho, chamada por todas as centrais sindicais do país, tem como pauta central a luta contra a Reforma da Previdência (PEC 6/2019). Além disso, o presidente do SINDUEPG enumera uma série de ações do governo estadual em ataque à educação e à carreira docente. “São ataques sistemáticos dos governos federal e estadual à educação e aos direitos dos trabalhadores que não nos deixam calar”, enfatiza.
Além da luta contra a Reforma da Previdência e contra os cortes na educação superior, as reivindicações do SINDUEPG incluem a reposição de 17,04% de perdas da inflação desde janeiro de 2016, conforme o DIEESE; o arquivamento do PLC 04/2019, que achata a carreira docente ao prever o congelamento da folha de pagamento dos servidores estaduais, impedindo reajustes salariais, como data-base, avanços e crescimentos na carreira, enquadramentos salariais, transições e demais direitos; e a anuência de concursos já realizados e abertura de novas vagas. “Durante a assembleia vamos discutir outras questões que afrontam a educação e o trabalhador, como o contigenciamento de verbas e o DREM, que é uma política pela qual o governo retira 30% dos recursos levantados pela própria universidade, inclusive repasses do SUS; e ainda há o projeto de Lei Geral das Universidades, que acabou de ser apresentado”, pontua.
A votação da adesão à greve geral vem após uma série de manifestações promovidas e apoiadas pelo SINDUEPG em defesa da educação pública. No dia 15 de maio, os professores da UEPG aderiram à Greve Nacional em Defesa da Educação Pública e da Previdência Social, movimento que se estendeu por todo o Brasil. Com a mesma abrangência, no dia 30 de maio o SINDUEPG se solidarizou ao movimento liderado por estudantes no 2º Dia Nacional de Greve em Defesa da Educação Pública. Ao mesmo tempo, o Sindicato aprovou no dia 27 de maio pelo estado de greve, que permite à entidade deflagrar uma greve a qualquer momento. A medida é estratégica neste período de constantes ataques dos governos Federal e do Paraná aos servidores e serviços públicos.