O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não estão sozinhos no seu projeto de acabar com a aposentadoria da classe trabalhadora. A Câmara Federal, repugnantemente, aprovou em primeiro turno (primeira etapa no congresso) a Reforma da Previdência, na quarta-feira, 10/julho.

Esse Projeto de Emenda Constitucional (PEC) é o mais duro ataque aos direitos trabalhistas já elaborado pelos ricos e poderosos nos últimos tempos. A PEC 6/2019 retrata o quadro de polarização social pela qual passa a sociedade brasileira desde que a crise econômica se fez sentir no Brasil em 2013. Todo o texto aprovado pela Câmara dos Deputados é um cheque em branco, pois prevê que todas as regras serão regulamentadas por Lei Complementar. Ou seja, o pior ainda virá. Que todo trabalhador não se iluda!

A imprensa comercial, mesmo defensora ferrenha da Reforma da Previdência, já havia denunciado a compra de deputados pelo Governo Jair Bolsonaro para aprovação da proposta. Em 24 de abril, a Folha de S.Paulo noticiou que seriam liberados R$ 40 milhões em emendas parlamentares para cada deputado, o que representaria R$10 milhões extras por ano para cada um que votasse a favor. Anterior à votação em 10 de julho, o mesmo jornal e O Globo noticiaram que foram liberados R$2,5 bilhões em emendas parlamentares para votação da proposta pela Câmara Federal.