A greve na Universidade Estadual de Ponta Grossa ganhou nesta quinta-feira (19/02) a adesão dos servidores técnicos administrativos. A categoria reforça o movimento docente que iniciou no dia 10/02 com a intenção de pressionar o governo para atender a pauta de reivindicações.
Entre as principais demandas apresentadas pelos servidores estão o pagamento imediato do terço de férias aos funcionários, atrasado desde dezembro do ano passado; garantia do repasse das verbas de custeio para as universidades estaduais; manutenção do atual sistema previdenciário, garantindo o fundo de R$ 8 bilhões conquistado com o esforço dos trabalhadores; compromisso com o pagamento de bolsas de extensão e de pesquisa aos estudantes e a participação democrática da comunidade universitária na definição do projeto de autonomia para as IEE’s.
Um Comando Unificado de Greve que envolve docentes (sindicato docente) e agentes universitários (sindicato dos técnicos administrativos) foi formado para organizar as ações e definir as estratégias da greve na UEPG. “É preciso esclarecer que a greve na universidade continua por tempo indeterminado, uma vez que o governo do estado sequer abriu a possibilidade de negociação com as categorias. Isso demonstra o desrespeito que o atual governo tem com o Ensino Superior”, relata a vice presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SINDUEPG), Gisele Masson.
O Comando de Greve lembra que o atual governo do Paraná aumentou em 56% a arrecadação de tributos nos últimos anos; elevou impostos (IPVA e ICMS), além dos salários dos deputados e do próprio governador (Beto Richa é o mais bem pago do país). O atual governo também aumentou a quantidade de cargos comissionados e subindo os salários em 128%. Além disso, elevou em 668% os gastos com publicidade em rádios, tv’s e jornais.
As sete universidades do estado do Paraná estão em greve sem previsão de retorno.
Comando de Greve Docente UEPG