Na próxima quarta-feira, 18 de março, os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa paralisam as atividades em adesão ao ato nacional em defesa da Educação, Serviços Públicos e da Democracia. A decisão foi aprovada em assembleia nesta quarta-feira, 11. Na pauta estadual, as reivindicações contemplam recuperação das perdas inflacionárias nos salários, que devem totalizar quase 20% até maio; contra a Lei Geral das Universidades (LGU), que prepara o terreno para a privatização do ensino superior no estado, e nomeação de todos os aprovados em concursos públicos e novos concursos para quadro docente. A pauta proposta pelo ANDES (Sindicato Nacional) inclui a defesa da Educação, dos Serviços Públicos e Democracia; revogação de projetos que prejudicam a autonomia das instituições; anuências de vagas e novos concursos para professores efetivos; e outros direitos dos servidores públicos da Educação.

“A defasagem da inflação sobre nossos salários faz parte de um projeto de desmonte da Educação. Tudo faz parte do mesmo contexto de destruição dos serviços públicos e seus servidores. Como vai ficar a sociedade sem os serviços de educação, saúde, seguridade social, segurança pública, entre outros tão importantes?”, pontua o presidente do SINDUEPG, Marcelo Ubiali Ferracioli. “Desde 2016 os governos descumprem a lei da database. Queremos que o governo cumpra com a lei, fruto da luta dos trabalhadores. O salário está 20% menor literalmente, não só para nós, mas praticamente todos os servidores do Executivo. A gente não pode mais tolerar essa situação insustentável. Temos, sim, que ir lá e dizer que não aceitamos migalhas”, comenta Ferracioli sobre as perdas salariais acumuladas, que são parte da pauta das reivindicações do ato.

A data foi escolhida em Congresso Nacional do ANDES-SN durante o mês de fevereiro, que reuniu sindicatos de todo o país, com objetivo de trazer diferentes entidades e movimentos sociais em unidade para a defesa da manutenção dos serviços e direitos dos cidadãos.

No Paraná, outros sindicatos universitários, docentes e unificados, também aderiram à data de paralisação. Entre eles Sindicato Docente da Unioeste (Adunioeste), Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná (Sinteoeste), Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) e Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar). No âmbito nacional, as Universidades Federais Fluminense, do Rio de Janeiro, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Ceará e de São Carlos também aprovaram a paralisação por meio de suas assembleias, mas muitas outras instituições devem aderir ao movimento nos próximos dias conforme novas assembleias de base ocorram.