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29 DE ABRIL NÃO SERÁ ESQUECIDO!

25/12/2015 às 02:12

último dia 17 de dezembro, de não incluir no calendário oficial UEPG a data de 29 de abril, dia que os docentes, servidores e estudantes das Universidades foram brutalmente atacados pelas forças policiais sob o comando do Governo do Estado, conhecido como “Massacre do Centro Cívico” sugere algumas interpretações possíveis e necessárias, em tempos de readequação das forças políticas. O pleito, encaminhado pelos representantes dos servidores, foi aprovado no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, e rejeitado no Conselho de Administração, sendo, portanto, submetido ao COU. A solicitação tinha por objetivo inserir no calendário universitário, sem recesso das atividades acadêmicas e administrativas, a data como sendo uma marca na luta da sociedade paranaense. A ideia era lembrar os nossos colegas, estudantes, amigos e familiares que colocaram suas vidas em risco, lutando por um direito de todos, inclusive daqueles que ficaram trabalhando ou em aulas enquanto a greve estava deflagrada. A pauta, mais do que justa, se consistia na manutenção do Paraná Previdência, na garantia de recursos às Universidades Estaduais, na reposição das perdas inflacionárias do período, entre outros direitos históricos que o Governador Beto Richa (PSDB) tentava usurpar. Ao não reconhecer como data oficial (24 votos a 11), a maioria do COU demonstra seu conservadorismo histórico, marca de um projeto que não reflete a necessária autonomia didático, científica e, principalmente, política, que toda universidade pública deve possuir e defender. Além disso, essa decisão ignora que nossa universidade é resultado do esforço coletivo de mais 12 mil pessoas. Quando um grupo é violentado, como ocorreu no dia 29 de abril, na Praça Nossa Senhora Salete, o mínimo que poderia se esperar seria a solidariedade por meio do reconhecimento institucional. Essa decisão do COU não é de todo ruim, pois indica que, de fato, esse dia de luta não deve pertencer à administração da UEPG, ainda que os 24 conselheiros não tenham pensado assim. A força da data e a sua lembrança deve ser dos trabalhadores e trabalhadoras, estudantes que reagiram à opressão do Governo Beto Richa. 29 DE ABRIL NÃO SERÁ ESQUECIDO!