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Evento do Sinduepg sobre assédio no ambiente universitário tem auditório lotado

05/07/2023 às 14:31

Na noite desta terça-feira, 04 de julho, professores e estudantes de diversos cursos de graduação e pós graduação lotaram o Pequeno Auditório do Bloco A (Campus Central – UEPG) para debater sobre assédio no ambiente universitário. O evento, promovido pelo Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SINDUEPG), contou com a participação das professoras e debatedoras Jeaneth Nunes Stefaniak e Maria Cristina Rauch Baranoski e a mediação da professora Cleide Lavoratti.

Com quase três horas de duração, e diversas intervenções, entre relatos, perguntas e sugestões os participantes trataram de diversas manifestações de assédio seja moral, sexual ou racial. O assédio, além de ser um crime previsto na Constituição Brasileira, também é uma grave violação dos direitos humanos, porque atenta contra a dignidade da pessoa e acarreta em uma série de danos físicos, emocionais, para quem sofre, conforme explica a professora Cleide Lavoratti. “O debate promovido pelo Sinduepg sobre o assédio no ambiente acadêmico é de fundamental importância. Entendemos que na universidade também estão presentes as relações de poder, as relações de hierarquia e que isso muitas vezes é naturalizado. Essas relações de assédio são invisibilizadas nas instituições e isso faz com que essas práticas continuem se perpetuando”, afirma a professora.

O professor aposentado Mário Sérgio de Melo participou do evento e relatou um caso de assédio que ocorreu na universidade e não foi resolvido porque instituição, à época, não tinha condições de dar suporte as denúncias. “Fico muito feliz de ver que agora a universidade está com instâncias para dar apoio para que sejam feitas as denúncias, para que tenham um apoio para resolver os casos de assédio”, ressalta. Para o professor, o assédio, seja moral ou sexual, é a primeira forma de se subjugar uma pessoa e tirando-lhe a liberdade, e é função da universidade lutar contra o assédio para a emancipação e para formar cidadãos.

“Contamos com a participação de muitos professores, muitos acadêmicos de diferentes cursos. Entendemos que é um tema que tem que ser debatido constantemente pela universidade para que as vítimas desse tipo de violência sejam protegidas e que a instituição também tenha políticas para responsabilizar os autores desse tipo de violência e acolher as vítimas dessa violação” reforça a professora Cleide Lavoratti.